Muitas
profissões vêm ganhando espaço com o crescimento do mercado madeireiro no
Brasil, responsável por parte do PIB (Produto Interno Bruto). Uma delas é a de
Engenharia Florestal, curso criado em 1960 na UFV (Universidade Federal de
Viçosa), com o objetivo de curar os males do desmatamento predatório e de
suprir as necessidades de aprimoramento e de ampliação da silvicultura no país,
até então apenas uma disciplina dos cursos de agronomia.
O
ensino florestal de nível superior começou na Alemanha em 1811 e estendido em
outros países na Europa. Em Portugal, seguindo com o mesmo objetivo, o curso de
Engenheiros Silvicultores foi criado em 1911, a partir de um ramo do antigo
curso superior de Agronomia.
O
Brasil se destaca na área florestal com aproximadamente 5 milhões de km² de
floresta nativa, o que representa nada menos que 64% de sua área total,
necessitando assim de aumentar a conscientização de que a humanidade é
dependência do ambiente em que vive. Com o objetivo de preservar cursos da área
estão sendo criados e outros mais valorizados. Até a década de 1980, o mercado
de trabalho do engenheiro florestal era concentrado basicamente nas atividades
ligadas ao reflorestamento comercial para indústrias madeireiras e de papel ou
celulose. A partir dos anos 1990, surgiram oportunidades de atuação com
espécies nativas e em atividades ligadas à conservação e recuperação ambiental.
Ainda
há a falta de informação sobre o curso e de mercado de trabalho, mas é possível
dizer em poucas palavras que o Engenheiro Florestal é aquela pessoa que avalia
o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a
preservar a flora e a fauna local, visando à produção de bens oriundos da
floresta, sendo eles madeireiros ou não.
Em
trabalhos de consultoria, o profissional pode se tornar independente,
alavancando a formação das empresas florestais em relação ao meio ambiente,
médias ou grandes, gerando assim benefícios para as pequenas comunidades e para
toda a população em geral.
“Ele
pesquisa e seleciona sementes e mudas, identifica e classifica espécies
vegetais e procura melhorar suas características, analisando as condições
necessárias a sua adaptação ao ambiente. Elabora e acompanha projetos de
preservação de parques e de reservas naturais e cuida de fazendas de
reflorestamento. Recupera áreas degradadas, cuida da arborização urbana e
avalia o impacto ambiental de atividades humanas em uma área. Esse engenheiro
também efetua vistoriais, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres.
Em sua atuação, visa a segurança e os impactos socioambientais” (Fonte: Guia do
Estudante).
Os
postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do
Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que possui extensas áreas de
reflorestamento, abrindo boas oportunidades para esse engenheiro. Mas isso se
trata apenas do mau investimento nas áreas disponíveis em todas as regiões,
pois diferente do que o nome passa o Engenheiro Florestal é capaz de promover
trabalhos não apenas em florestas mas em todos os biomas. Trabalhos já estão
sendo desenvolvidos aqui no Rio Grande do Norte, sendo desde inventários
florestais em áreas de caatinga ou a recente implantação da primeira área de
experimentação florestal do RN, situada na Unidade Especializada em Ciências
Agrárias em Macaíba, onde em Junho de 2011 foram plantadas 3 variedades de
eucalipto vindas do estado de Minas Gerais, ocupando uma área aproximada
superior a 6 hectares.
Todo
profissional busca sucesso financeiramente, o Engenheiro Florestal não é
diferente, mas é um dos tantos profissionais que busca seu sucesso
concomitantemente a produção e ao aproveitamento racional de todos os recursos
oferecidos pelas áreas florestais, garantindo sua perpetuação e a manutenção
das formas de vida vegetal, animal, etc.
A
Engenharia Florestal é uma profissão de suma importância para o futuro mundial,
mediante o estado de degradação em que se encontram nossas florestas e flora, a
solução para esse problema é a produção e extração de madeira sustentável, sem
degradar ou comprometer o meio ambiente, e o Engenheiro Florestal é o
profissional capacitado para reverter essa situação. É questão de tempo para
que o RN e todo o país seja tão valorizado quanto em países com ampla
consciência ecológica como: Em países como Alemanha, o Canadá e os EUA, onde
esses profissional são bastante requisitado já que os consumidores exigem que
os produtos florestais tenham selo ambiental. Esperamos que o Brasil possa
passar a enxergar nesse profissional a importância de crescer sem degradar.
Escrito por: Wildemar Damasceno - Estudante
de Engenharia Florestal - UFRN
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