23 de setembro de 2011

Engenharia Florestal.


Muitas profissões vêm ganhando espaço com o crescimento do mercado madeireiro no Brasil, responsável por parte do PIB (Produto Interno Bruto). Uma delas é a de Engenharia Florestal, curso criado em 1960 na UFV (Universidade Federal de Viçosa), com o objetivo de curar os males do desmatamento predatório e de suprir as necessidades de aprimoramento e de ampliação da silvicultura no país, até então apenas uma disciplina dos cursos de agronomia.

O ensino florestal de nível superior começou na Alemanha em 1811 e estendido em outros países na Europa. Em Portugal, seguindo com o mesmo objetivo, o curso de Engenheiros Silvicultores foi criado em 1911, a partir de um ramo do antigo curso superior de Agronomia.

O Brasil se destaca na área florestal com aproximadamente 5 milhões de km² de floresta nativa, o que representa nada menos que 64% de sua área total, necessitando assim de aumentar a conscientização de que a humanidade é dependência do ambiente em que vive. Com o objetivo de preservar cursos da área estão sendo criados e outros mais valorizados. Até a década de 1980, o mercado de trabalho do engenheiro florestal era concentrado basicamente nas atividades ligadas ao reflorestamento comercial para indústrias madeireiras e de papel ou celulose. A partir dos anos 1990, surgiram oportunidades de atuação com espécies nativas e em atividades ligadas à conservação e recuperação ambiental.

Ainda há a falta de informação sobre o curso e de mercado de trabalho, mas é possível dizer em poucas palavras que o Engenheiro Florestal é aquela pessoa que avalia o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a preservar a flora e a fauna local, visando à produção de bens oriundos da floresta, sendo eles madeireiros ou não.

Em trabalhos de consultoria, o profissional pode se tornar independente, alavancando a formação das empresas florestais em relação ao meio ambiente, médias ou grandes, gerando assim benefícios para as pequenas comunidades e para toda a população em geral.

“Ele pesquisa e seleciona sementes e mudas, identifica e classifica espécies vegetais e procura melhorar suas características, analisando as condições necessárias a sua adaptação ao ambiente. Elabora e acompanha projetos de preservação de parques e de reservas naturais e cuida de fazendas de reflorestamento. Recupera áreas degradadas, cuida da arborização urbana e avalia o impacto ambiental de atividades humanas em uma área. Esse engenheiro também efetua vistoriais, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, visa a segurança e os impactos socioambientais” (Fonte: Guia do Estudante).

Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que possui extensas áreas de reflorestamento, abrindo boas oportunidades para esse engenheiro. Mas isso se trata apenas do mau investimento nas áreas disponíveis em todas as regiões, pois diferente do que o nome passa o Engenheiro Florestal é capaz de promover trabalhos não apenas em florestas mas em todos os biomas. Trabalhos já estão sendo desenvolvidos aqui no Rio Grande do Norte, sendo desde inventários florestais em áreas de caatinga ou a recente implantação da primeira área de experimentação florestal do RN, situada na Unidade Especializada em Ciências Agrárias em Macaíba, onde em Junho de 2011 foram plantadas 3 variedades de eucalipto vindas do estado de Minas Gerais, ocupando uma área aproximada superior a 6 hectares.

Todo profissional busca sucesso financeiramente, o Engenheiro Florestal não é diferente, mas é um dos tantos profissionais que busca seu sucesso concomitantemente a produção e ao aproveitamento racional de todos os recursos oferecidos pelas áreas florestais, garantindo sua perpetuação e a manutenção das formas de vida vegetal, animal, etc.

A Engenharia Florestal é uma profissão de suma importância para o futuro mundial, mediante o estado de degradação em que se encontram nossas florestas e flora, a solução para esse problema é a produção e extração de madeira sustentável, sem degradar ou comprometer o meio ambiente, e o Engenheiro Florestal é o profissional capacitado para reverter essa situação. É questão de tempo para que o RN e todo o país seja tão valorizado quanto em países com ampla consciência ecológica como: Em países como Alemanha, o Canadá e os EUA, onde esses profissional são bastante requisitado já que os consumidores exigem que os produtos florestais tenham selo ambiental. Esperamos que o Brasil possa passar a enxergar nesse profissional a importância de crescer sem degradar.

            Escrito por: Wildemar Damasceno - Estudante de Engenharia Florestal - UFRN

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