O ministro
da Agricultura, Mendes Ribeiro, afirmou hoje que a situação no Brasil está
tranquila em relação ao foco de febre aftosa registrado no Paraguai e que a
fiscalização está sendo intensificada na região de fronteira.
José Carlos
Vaz, secretário-executivo da Pasta, disse que as medidas adotadas até o momento
são suficientes para impedir a entrada do vírus no território nacional.
“Estamos em
alerta, com apoio dos governos estaduais e das Forças Armadas. Estamos
monitorando e, se necessário, iremos reforçar as medidas”, disse Vaz.
Em relação a
possíveis barreiras às compras de carnes brasileiras, devido ao foco de aftosa
no país vizinho, Vaz afirmou que o Brasil não tem competência para influenciar
as decisões de outros países, mas tem confiança nos processos de proteção dos
rebanhos.
Ele não
confirmou proibição às compras de carnes e animais vivos do Paraguai. A
ocorrência da febre aftosa no Paraguai foi um dos assuntos discutidos na
mesa-redonda promovida pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, no
auditório do Ministério da Agricultura.
No encontro,
que contou com a participação de parlamentares e lideranças do agronegócio do
Rio Grande do Sul, foi abordada a manutenção no Estado do laboratório federal
que realiza testes sorológicos de controle de qualidade da vacina antiaftosa.
Segundo o
deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o ministro Mendes Ribeiro garantiu durante o
encontro que o laboratório continuará no Rio Grande do Sul e que receberá mais
investimentos em pessoal e equipamentos.
Ele explicou
que havia interesse das indústrias de vacinas de transferir parte das
atividades do laboratório para outros Estados, por causa de problemas
logísticos.
Lorenzoni
disse que a solução encontrada foi a utilização de uma área do Exército próxima
a Porto Alegre, onde serão confinados os animais para coleta do soro.
Sobre o foco
de aftosa registrado no Paraguai, Onyx Lorenzoni afirmou que durante a reunião
realizada hoje, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura, Francisco Jardim, comunicou que os técnicos brasileiros estão em
alerta máximo e que o Brasil está monitorando e bloqueou toda fronteira.
O deputado
disse que está tranqüilo, pois a cobertura vacinal no Brasil é boa. “Temos certeza
que o problema vai ficar do outro lado da fronteira”, disse ele.
Fonte: Agência Estado.
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