25 de outubro de 2011

Brasil Concilia Alimentos e Agroenergia.


País é o único capaz de gerar biocombustíveis sem reduzir a produção de comida.

Conciliar alimentos e agroenergia é um dos desafios do mundo para o futuro. E o Brasil é o único país que tem condições de produzir biocombustível sem comprometer o cultivo de alimentos. Isso, graças, em parte, ao avanço tecnológico que o agro brasileiro tem conquistado nos últimos anos.

A afirmação foi do chefe da Assessoria de Inovação Tecnológica da Embrapa, Filipe Geraldo de Moraes Teixeira, durante o “III Fórum Inovação – Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável”, realizado em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (20).

Já para Helder Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a preocupação é de que a produção de biocombustíveis venha a competir com o uso de terras para a produção de alimentos e também na utilização de grãos. “Sabemos da importância de buscar fontes renováveis de energia, mas é preciso pensar com cuidado nessa questão”, disse.

Resíduo de Pescado Pode Originar Produtos Como Farinha e Óleo.

Uma pesquisa realizada pela engenheira agrônoma Lia Ferraz de Arruda Sucasas, que, em abril, apresentou sua tese de doutorado no Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, interior de SP, apontou que a produção brasileira de pescado tem um aproveitamento de apenas 30%. As vísceras e a cabeça do peixe, que representam 70% do animal, são descartadas, gerando, além de desperdício, impacto ambiental.

A fim de solucionar o problema, Lia estudou formas de aproveitar estes resíduos, utilizando-os na composição de co-produtos como farinha de pescado, hidrolisados protéicos, silagem e óleo de peixe.

20 de outubro de 2011

Mercado de Trabalho e o Profissional Desejado no Agronegócio.


O profissional desejado é aquele que atinge resultados revolucionários, fazendo o mais simples e sustentável possível, e que busca a melhoria contínua de si mesmo e da organização que faz parte.

O mundo muda muito rápido. Acompanhar as tendências, novas tecnologias, novos modelos de gestão tornou-se primordial e praticamente uma rotina para os profissionais de todo o planeta. Talvez este dinamismo tão rápido seja uma das principais causas da seguinte situação: desemprego x falta de mão-de-obra qualificada. Como explicar porque muitas empresas têm seu crescimento comprometido pela falta de profissionais capacitados e, além disso, identificar a quantidade de oportunidades que o agronegócio oferece, tanto para produtores quanto para os profissionais do ramo?

Em recente entrevista, na Revista Agroanalysis (Número 09; Setembro de 2010), o professor da Unesp/Jaboticabal e ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, disse: “O Brasil é um dos poucos países do mundo que apresentam condições favoráveis de ampliar sua produção a ponto de gerar grandes excedentes, mas precisamos aprender a produzir barato. Quem encontrar o caminho ganhará dinheiro”. Com cerca de 200 milhões de hectares agricultáveis aliados a um clima e solo privilegiados, nosso país certamente torna-se o protagonista para a base alimentar da população mundial. O aumento do consumo de alimentos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de países emergentes como a Índia e a China, somado ao crescimento da população mundial torna-se a grande oportunidade do agronegócio, tornando-se manchete principal de jornais e revistas pelo mundo inteiro. Este contexto resultou na preocupação de líderes e pesquisadores na produção sustentável destes alimentos, sem gerar novos impactos ambientais. O que antes era visto pelos pecuaristas apenas como um problema foi revertido em oportunidade de ganho, seja por crédito de carbono ou por dezenas de possíveis certificações agrícolas.

Rinite Atrófica em Suínos.


A Rinite Atrófica (RA) foi reconhecida pela primeira vez em 1830. É uma doença infecto-contagiosa, de alta transmissibilidade, e que se mantém no rebanho sem causar mortalidade. Classificada como uma doença endêmica, compromete animais na faixa de três a oito semanas de idade, sendo frequente nas criações confinadas em todo mundo, inclusive no Brasil.

A transmissão da doença ocorre por contato, de suíno para suíno ou através de aerossóis, por via aerógena. Matrizes, cronicamente infectadas, transmitem a doença às suas leitegadas, por contato nasal, durante o período de amamentação. Os leitões infectados se constituem em fonte ativa de infecção para outros suínos susceptíveis e disseminam a infecção nos reagrupamentos realizados no desmame e no início do crescimento.

Os leitões infectados, nas primeiras semanas de vida, desenvolvem lesões severas e tornam-se disseminadores da infecção. Outros possíveis transmissores da RA são gatos, ratos e coelhos.

15 de outubro de 2011

Alimentação de Galinha Caipira.


Na opinião do Dr. Alcides Paravicini Torres (no livro Alimentos e Nutrição das Aves Domésticas), "é difícil para o pequeno avicultor fazer uma ração bem equilibrada em proteína, energia, aminoácidos, vitaminas, minerais etc, como são as rações industrializadas.... Uma ração mal feita poderá conduzir a insucessos tais como queda de crescimento, de postura, muda extemporânea etc".

Na criação de galinhas caipiras, o balanceamento fica ainda mais complicado pois há também uma grande variação dos requisitos nutricionais dos animais (em função do ambiente) e da composição dos alimentos que as aves dispõem.

Devido a essas grandes variações, a Cati não pode recomendar uma dieta básica para a criação caipira de galinhas em postura. Nesse caso, recomendamos formular uma dieta empírica, a ser adotada com bom-senso.

Pecuária Brasileira é Destaque em Tecnologia e Sustentabilidade.


O crescimento da pecuária brasileira sempre foi contestado por ambientalistas, por ser uma atividade que incentivava desmatamentos e sem planejamentos adequados. Mas hoje este cenário mudou, a pecuária brasileira está cada vez mais inovando em tecnologia e qualidade, aliando atividades sustentáveis para se obter sucesso na produção.

“É preciso desconstruir o estereótipo do boi no mato queimado que quiseram transformar na verdade única sobre a pecuária brasileira. Temos que mostrar as histórias de uma pecuária de sucesso, empenhada em melhorar cada vez mais”, disse Fernando Sampaio, diretor de sustentabilidade da ABIEC.

Esta falta de informação está deixando o Brasil, “queimado’’ nos outros países, principalmente os europeus, que acham que até hoje a pecuária é rústica e sem técnica em toda sua cadeia de produção, do campo ao abatedouro. Segundo Fernanda Tavares Canto Lima, que defendeu sua tese de mestrado nesse tema, quanto mais o consumidor conhece a produção, mais se sente seguro ao comprar carne. Ainda de acordo com ela, a falta de informação dos consumidores na Europa prejudica a carne bovina do Brasil. “As pessoas ainda acham que a pecuária brasileira é a responsável pelo desmatamento da Amazônia.”

Fonte: Revista Agropecuária.

13 de outubro de 2011

PIB Agropecuário Cresce 4,85% no Primeiro Semestre de 2011.


O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 0,61% em junho, elevando para 4,85% a expansão do PIB do setor primário no primeiro semestre de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010. Os dados foram divulgados em estudo realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A pesquisa, elaborado em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), mostra que o aumento do volume produzido e a elevação dos preços médios de alguns produtos agrícolas, como algodão, café, milho, laranja, soja e carne bovina, justificam o crescimento do PIB do setor.

A avaliação da CNA e do Cepea aponta que o segmento agrícola vem impulsionando o bom desempenho do setor básico, enquanto as taxas de crescimento da pecuária, ainda que positivas, acabam por frear o ritmo de crescimento da agropecuária.

O crescimento agrícola foi de 0,90%, em junho, o que ampliou para 6,75% o desempenho positivo no ano. Na pecuária, o crescimento ao longo de 2011 foi menos expressivo, mas também positivo, com taxas de expansão de 0,22%, em junho, e de 2,43%, no acumulado dos seis primeiros meses do ano.

Frutas Secas são Alternativa Para Pequenos Produtores do RN.


Grande exportador de frutas tropicais, o Rio Grande do Norte também pretende entrar no segmento de frutas secas, mercado capaz de absorver uma produção 43 mil toneladas, mas que só produz 50 delas. A exemplo do que já acontece em Alagoas, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul, o Sebrae no Rio Grande do Norte está estimulando a desidratação de frutas entre grupos de pequenos produtores. Um projeto piloto já está em andamento no município de Maxaranguape, distante 54 quilômetros da capital. 

A proposta é capacitar os produtores a desidratar frutas cultivadas nos pólos fruticultores do Estado como uma alternativa, inclusive no período de entressafra. São 25 frutas brasileiras podem ser desidratadas e comercializadas ao longo de todo o ano. A secagem ajuda a conservar propriedades nutricionais e ainda reduz em até 20 vezes o volume da frutas, facilita o transporte e a estocagem. A técnica é apontada também como saída para diversificar a ofertas de produtos da cadeia produtiva da fruticultura. 

As vantagens da desidratação de frutas estão sendo apresentadas em palestra no Espaço Empreendedor grupos de produtores de várias regiões do Estado que visitam a Festa do Boi. Para abordar o assunto, Leonardo Chiappetta, proprietário do Empório Chiappetta, que fica em São Paulo. Ele é um dos difusores dos benefícios das frutas secas no Brasil, já que as revende em seu estabelecimento. Segundo ele, o método contribui para reduzir o desperdício e otimizar o aproveitamento dos alimentos. 

Vacinação Reduz Necrose de Orelha em Suínos.

A síndrome da necrose de orelha (SNO) em suínos é caracterizada por uma lesão necrótica na ponta e/ou ao longo da borda inferior da orelha, frequentemente bilateral, e às vezes com perda de parte do tecido auricular (CAMERON, 2006). Essa doença é vista geralmente nos animais jovens na frase de criação.

Em muitos casos há uma cura espontânea, porém quando essa cura não ocorre e a lesão progride, pode ocorrer uma perda parcial do pavilhão auricular. Nesses episódios é comum a presença de abcessos em linfonodos parotídeos, determinado prejuízos no crescimento e no abate, já que os abcessos podem condenar a carcaça.

Uma série de fatores podem estar relacionados ao aparecimento da SNO. As lesões de pele provenientes de brigas e a imunossupressão são considerados os mais importantes. De acordo com estudos a campo e dados epidemiológicos, as causas de SNO podem estar associadas a: infecção por Staphylococcus hycius e/ou Streptococcus beta hemolíticos, eperitrozoonose, bactérias espiroquetas, intoxicação por ergot e circovirose.

O fato é que alguns rebanhos suínos são afetados por surtos com alta prevalência da SNO. Ao estudar as causas, muitos autores chegam à conclusão que a interação dos fatores predisponentes é a hipótese mais provável para explicar o aparecimento das lesões. Pensando assim, a maneira mais eficaz de prevenir novos surtos seria evitar esses fatores predisponentes. Segundo recente artigo publicado no VI SINSUI - Simpósio Internacional de Suinocultura, escrito pelo Dr. Nelson Morés, um renomado pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, a circovirose está relacionada com o aparecimento da necrose de orelha em suínos.

10 de outubro de 2011

Este Arroz Pode Salvar Um Milhão de Crianças Por Ano.


O cientista britânico Adrian Dubock começa suas palestras sobre o projeto “Arroz Dourado” sobrepondo dois mapas: o da produção mundial de arroz e o da deficiência de vitamina A nas populações. Não por coincidência, as áreas em destaque são as mesmas nos dois mapas. O arroz é a base da alimentação de quase metade da população mundial, mas o grão não tem vitamina A.

“São cerca de 2 milhões de mortes de crianças abaixo de cinco anos que poderiam ser evitadas todos os anos com níveis corretos de vitamina A”, continua Dubock, gerente do projeto, citando dados calculados a partir de estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Outras 650 mil crianças ficam cegas todos os anos por falta da vitamina. “Se o arroz dourado poupar a metade das mortes, 1 milhão de vidas por ano, já será uma grande vitória.”

Essa vitória está cada vez mais perto de se tornar realidade. O projeto está em sua reta final, e o novo arroz transgênico pode ser liberado comercialmente em 2012 ou 2013, depois de mais de 20 anos de trabalho.

Mercado de Frango Reage Com Melhora na Demanda Nesta Semana.


O mercado brasileiro de frango mostrou reação na demanda nesta primeira semana de outubro, o que trouxe, consequentemente, melhora no preço pago aos produtores pelo produto vivo. – O mercado apresentou alguns reajustes nesta semana de começo de mês, seguindo a trajetória normal para o período – comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

A perspectiva de valorização, contudo, não deve passar desta semana, visto que é esperada uma grande entrada de oferta de gado confinado de segundo turno ao mercado ao longo deste mês de outubro, com uma tendência de desvalorização no preço da carne bovina, fator que deve também contribuir para pressionar as carnes concorrentes, como a suína e de frango.

Iglesias sinaliza ainda que a paridade instável do câmbio no momento também pode prejudicar o desempenho do setor no médio prazo, gerando impactos nos negócios no mercado externo e interno.

O Alicerce da Caprinovinocultura.


O Brasil tem o maior rebanho comercial do planeta e é o maior exportador de carne de gado. As políticas e as tendências mostram que o país vai se tornar grande exportador de todos os tipos de alimentos tropicais, estando as carnes à frente, como fonte de proteína para a humanidade. Essa é uma grande responsabilidade, além de oportunidade.

A carne ovina e caprina tem um vasto mercado a ser atendido, faltando animais. Essa falta de animais pode ser traduzida pela falta de tecnologia atualizada, pela falta de preparo do mercado consumidor, pela falta de entrosamento entre produtores e vendedores, etc. Falta, enfim, o alicerce sólido para a atividade.

Até o momento, o sucesso tem sido conquistado, passo a passo, aos trancos e barrancos, pelos próprios produtores. Agora estão surgindo vários frigoríficos, laticínios, curtumes, surfando na onda progressista. Ainda são poucos e boa parte deles está fadada a fechar as portas por falta de matéria-prima, ou seja, de animais.

7 de outubro de 2011

Volume das Exportações de Carne Suína do País Cai Quase 19% em Setembro.


Após cem dias de restrições impostas pela Rússia à carne suína brasileira, os prejuízos continuam, mas o setor consolida sua independência em relação àquele mercado, tradicionalmente o principal comprador. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.
“O desempenho das vendas externas em setembro não foi ruim, com 41,39 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 113,74 milhões”, afirma Camargo Neto. Isso significa queda de 18,86% no volume geral das exportações de carne suína e de 8,05% no faturamento. O preço médio, entretanto, registrou aumento de 13,31%, comparado com setembro de 2010.

Carne Brasileira a Toda Prova.

Nos últimos meses, a indústria de carne brasileira tem vivido um drama com sua principal compradora, a Rússia. Há mais de 100 dias, o país anunciou um embargo à carne brasileira, o que afetou 85 frigoríficos do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, até então autorizados a exportar o produto.

A alegação russa é a de que o Brasil não se adequou às exigências sanitárias e legais para continuar enviando produtos de origem animal ao país.

“Não vemos motivos objetivos para esse embargo. O Brasil tem algumas das melhores e mais modernas plantas de frigoríficos do mundo, segue todas as normas de controle”, afirma João Gilberto Bento, superintendente de marketing e comercial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

4 de outubro de 2011

Tétano em Equinos.


É uma doença infecciosa, não contagiosa, altamente fatal, causada pela toxina de uma bactéria chamada Clostridium tetani, que entra no organismo através de uma lesão prévia. É caracterizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada respiratória ou convulsões.

Acomete todos os animais de sangue quente, inclusive o homem. Pelo fato da doença, na maior parte dos casos, ser causada por contaminação de ferimentos (na pele e nas mucosas) por terra, é também chamada de “Doença Telúrica”, ou seja, originária da terra.São particularmente sensíveis à doença os animais da espécie equina, mais sensíveis até que o homem. Os bovinos são os menos sensíveis à doença. 

Aumento da demanda provoca uma "Revolução no leite".


Considerando a média nacional, neste ano o produtor está recebendo 14% a mais pelo litro de leite em relação a 2010. A questão é que os custos de produção subiram 44% no mesmo período. Milho, farelos em geral, suplementos minerais, fertilizantes (pensando na adubação de pastagens), todos esses insumos estão custando mais que no ano passado. Destaque para o milho, cuja alta é de 43%. Isso significa um estreitamento da margem do produtor. Daí a necessidade de acompanhamento de mercado e gestão da propriedade.

Aliás, no caso da pecuária de leite, pela pequena margem que a atividade confere, a pressão de outras atividades é grande. São Paulo é um exemplo disso. No estado, a cana, a seringueira, o eucalipto, entre outras culturas, têm se mostrado mais rentáveis que o leite e, com isso, muitos produtores optam por essas outras atividades.