13 de junho de 2011

Algaroba para comer e beber.

A leguminosa com alto valor nutritivo, que não exige muita água e nem solos férteis para frutificar, tem se mostrado uma importante fonte alternativa para a alimentação humana. Originária dos Andes peruanos, a algaroba (Prosopis juliflora) produz uma vagem rica em pro­teínas, fibras, sais minerais, carboidratos e açúcares. No Brasil, desde a década de 1940, as vagens do vegetal têm servido para produção de ração de animais. No município de Serra Branca, no semi­ári­do paraibano, por exemplo, a ração beneficiada com algaroba é responsável por 90% da alimentação de caprinos e ovinos e por cerca de 20% do rebanho bovino.

A algaroba é conhecida como planta mágica do Nordeste e está presente em alimentos de bebês em vários países. Como bebida láctea, por exemplo, ela pode ser servida junto à merenda escolar em regiões carentes. Além disso, a algaroba produz cachaça e até álcool combustível.
Por não exigir muita água, a algaroba apresenta bom rendimento mesmo nos períodos de seca. A leguminosa supera o trigo e o milho em proteínas e aminoácidos. Segundo a Embrapa Semiárido, a espécie também possui uma estrutura biológica que ajuda na fixação do nitrogênio ao solo e na recuperação de áreas degradadas.
Por outro lado, se não for bem manejada, a algaroba é capaz de invadir hábitats naturais e inibir a regeneração das espécies de caatinga, reduzindo a biodiversidade vegetal do bioma. Também, se consumida in natura, em excesso, pode provocar um “bolo” que intoxicará o animal. O ideal é colher as vagens e distribuir, depois, para os animais.

Fonte: Revista O Berro.

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