25 de outubro de 2011

Brasil Concilia Alimentos e Agroenergia.


País é o único capaz de gerar biocombustíveis sem reduzir a produção de comida.

Conciliar alimentos e agroenergia é um dos desafios do mundo para o futuro. E o Brasil é o único país que tem condições de produzir biocombustível sem comprometer o cultivo de alimentos. Isso, graças, em parte, ao avanço tecnológico que o agro brasileiro tem conquistado nos últimos anos.

A afirmação foi do chefe da Assessoria de Inovação Tecnológica da Embrapa, Filipe Geraldo de Moraes Teixeira, durante o “III Fórum Inovação – Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável”, realizado em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (20).

Já para Helder Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a preocupação é de que a produção de biocombustíveis venha a competir com o uso de terras para a produção de alimentos e também na utilização de grãos. “Sabemos da importância de buscar fontes renováveis de energia, mas é preciso pensar com cuidado nessa questão”, disse.


Segundo ele, a recomendação do órgão é de que haja o fim dos subsídios para a produção de etanol, já que a produção do combustível a partir de grãos, recebe vultuosas quantias de países como, por exemplo, os Estados Unidos, enquanto que as vantagens do etanol a partir da cana-de-açúcar já foram comprovadas. “O ideal é deixar que o mercado decida onde é melhor produzir etanol.”

Para Teixeira, outra vantagem do Brasil no assunto é a sinergia entre produção e preservação ambiental. “É um dos poucos países que soube conciliar a preservação ambiental com a produção agrícola intensiva. Hoje, nossa agricultura ocupa apenas 25% do território e temos conseguido ampliar nossa produção sem aumentar a área plantada, graças aos constantes ganhos de produtividade”, enfatizou.

Isso tem sido possível graças a diversos instrumentos, como, por exemplo, o plantio direto e a recuperação de áreas degradadas. “Nosso agricultor é um dos maiores interessados na preservação, pois disso depende a continuidade de sua atividade”, finalizou o representante da Embrapa.

Fonte: Sou Agro

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