Após
cem dias de restrições impostas pela
Rússia à carne suína brasileira,
os prejuízos continuam, mas o setor consolida sua independência em relação
àquele mercado, tradicionalmente o principal comprador. Essa é a avaliação do
presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de
Carne Suína (Abipecs), Pedro de
Camargo Neto.
“O
desempenho das vendas externas em setembro não foi ruim, com 41,39 mil
toneladas embarcadas e receita de US$ 113,74 milhões”, afirma Camargo Neto.
Isso significa queda de 18,86% no volume geral das exportações de carne suína e
de 8,05% no faturamento. O preço médio, entretanto, registrou aumento de
13,31%, comparado com setembro de 2010.
Houve
crescimento nos embarques para Ucrânia, Hong Kong e Argentina. Em todos esses
países, a elevação ocorreu tanto em setembro, na comparação com o mesmo mês do
ano passado, como no acumulado do ano, em relação a igual período de 2010.
De
janeiro a setembro, as exportações de carne suína totalizaram 412,17 mil
toneladas, uma redução de 5,32% ante igual período de 2010, e um aumento de
5,53% no faturamento (para US$ 1,06 bilhão).
Vendas para a Rússia
As estatísticas dos nove primeiros meses deste ano
apontam que a Rússia permanece como o primeiro comprador, seguido de Hong Kong,
Ucrânia, Argentina e Angola. Porém, os números de setembro não escondem as
perdas: houve uma variação negativa nas vendas para a Rússia de 90,13% (somando
apenas 2,25 mil toneladas), na comparação com igual mês do ano passado, e de
88,61% em valor.
De janeiro a setembro, o Brasil vendeu para a
Rússia 117,8 mil toneladas de carne suína, com um faturamento de US$ 366,9
milhões. Houve queda de 37,55% em volume e de 28,52% em receita, na comparação
com o mesmo período de 2010.
Fonte: Globo
Rural.
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