25 de outubro de 2011

Resíduo de Pescado Pode Originar Produtos Como Farinha e Óleo.

Uma pesquisa realizada pela engenheira agrônoma Lia Ferraz de Arruda Sucasas, que, em abril, apresentou sua tese de doutorado no Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, interior de SP, apontou que a produção brasileira de pescado tem um aproveitamento de apenas 30%. As vísceras e a cabeça do peixe, que representam 70% do animal, são descartadas, gerando, além de desperdício, impacto ambiental.

A fim de solucionar o problema, Lia estudou formas de aproveitar estes resíduos, utilizando-os na composição de co-produtos como farinha de pescado, hidrolisados protéicos, silagem e óleo de peixe.


A silagem, por exemplo, pode ser utilizada como ingrediente na produção de ração de animais e de fertilizantes. “Enzimas presentes nas vísceras provocam a quebra das proteínas e, devido ao pH adequado, ocorre a conservação do produto”, explica a pesquisadora. Segundo Lia, além de não descartar o resíduo da indústria pesqueira na natureza, o método contribui com o aumento da sustentabilidade econômica do setor.

Já a farinha de peixe é obtida a partir do cozimento dos resíduos e sua posterior prensagem e trituração. O material também pode ser utilizada na produção de rações animais.

Devido seu alto valor nutricional, as vísceras poderiam ainda ser aproveitadas na produção de compostos bioativos e alimentos funcionais. “A fração de gordura presente nos resíduos poderia ser usada com biocombustível ou como fonte lipídica e de ácidos graxos poliinsautirados”, aponta a pesquisadora. 

Fonte: Globo Rural

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