A
Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) realizou nesta
terça, dia 1º, audiência pública debater o Plano de Agricultura de Baixo
Carbono (Plano ABC) e as ações que visam alcançar os objetivos estabelecidos na
Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Para o diretor do Departamento de
Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Carlos Magno Chaves Brandão, a agricultura de baixo carbono
(ABC) do Brasil é um exemplo para o mundo.
–
O ABC vai permitir o aumento de renda e a produção de forma sustentável – disse
Brandão.
Para
o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente, Eduardo Delgado Assad, o ABC é uma das maiores ações do mundo na área
de agricultura sustentável. Segundo ele, o plano é uma forma de evitar o
aumento da temperatura mundial, que poderia trazer consequências imprevisíveis.
–
O Brasil hoje é um dos principais participantes do jogo econômico global. O
país está fazendo o seu trabalho e fazendo muito bem – afirmou.
Outro
representante do Ministério da Agricultura, Elvison Nunes Ramos, definiu o
Plano ABC como um conjunto de ações que incentiva os produtores rurais a
adotarem técnicas agrícolas sustentáveis, com o objetivo de reduzir a emissão
dos gases de efeito estufa. Segundo Ramos, a ideia é que a produção agrícola e
pecuária garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e
aumente a proteção ao meio ambiente.
Ramos
também disse que um dos pilares do Plano ABC é o Programa ABC, que oferece
linhas de financiamento para o produtor rural, com recursos do Banco Nacional
do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Programa ABC
O
Programa Agricultura de Baixo Carbono, que incentiva práticas agrícolas sustentáveis,
foi lançado há um ano, mas tem registrado pouca adesão. Mais de R$ 3 bilhões em
crédito estão disponíveis nas agências do Banco do Brasil, mas os agricultores
só acessaram R$ 120 milhões. O problema foi também foi discutido durante
audiência no Senado.
A
recuperação de pastagens é a atividade que gera mais procura por crédito,
principalmente na região Centro-Oeste. Ainda assim, o governo reconhece: o
número de contratações está abaixo do esperado.
A
falta de agilidade no envio dos projetos tem dificultado o acesso às linhas de
crédito. Para ajudar os produtores a elaborar as propostas a tempo, o governo
federal vai investir em capacitação técnica. O valor dos investimentos este ano
chegarão a R$ 2 milhões. Para 2012, serão R$ 8 milhões.
Fonte: Rural Br
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