2 de novembro de 2011

Representantes do Governo Apresentam Plano para a Agricultura de Baixo Carbono no Brasil .

 A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) realizou nesta terça, dia 1º, audiência pública debater o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) e as ações que visam alcançar os objetivos estabelecidos na Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Para o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Magno Chaves Brandão, a agricultura de baixo carbono (ABC) do Brasil é um exemplo para o mundo.

– O ABC vai permitir o aumento de renda e a produção de forma sustentável – disse Brandão.

Para o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Delgado Assad, o ABC é uma das maiores ações do mundo na área de agricultura sustentável. Segundo ele, o plano é uma forma de evitar o aumento da temperatura mundial, que poderia trazer consequências imprevisíveis.

– O Brasil hoje é um dos principais participantes do jogo econômico global. O país está fazendo o seu trabalho e fazendo muito bem – afirmou. 

Outro representante do Ministério da Agricultura, Elvison Nunes Ramos, definiu o Plano ABC como um conjunto de ações que incentiva os produtores rurais a adotarem técnicas agrícolas sustentáveis, com o objetivo de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa. Segundo Ramos, a ideia é que a produção agrícola e pecuária garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio ambiente. 

Ramos também disse que um dos pilares do Plano ABC é o Programa ABC, que oferece linhas de financiamento para o produtor rural, com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Programa ABC

O Programa Agricultura de Baixo Carbono, que incentiva práticas agrícolas sustentáveis, foi lançado há um ano, mas tem registrado pouca adesão. Mais de R$ 3 bilhões em crédito estão disponíveis nas agências do Banco do Brasil, mas os agricultores só acessaram R$ 120 milhões. O problema foi também foi discutido durante audiência no Senado.

A recuperação de pastagens é a atividade que gera mais procura por crédito, principalmente na região Centro-Oeste. Ainda assim, o governo reconhece: o número de contratações está abaixo do esperado.

A falta de agilidade no envio dos projetos tem dificultado o acesso às linhas de crédito. Para ajudar os produtores a elaborar as propostas a tempo, o governo federal vai investir em capacitação técnica. O valor dos investimentos este ano chegarão a R$ 2 milhões. Para 2012, serão R$ 8 milhões.

Fonte: Rural Br

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