O potro é
prematuro quando não atingiu seu completo desenvolvimento no útero da égua.
O neonato pode ser classificado como
prematuro ou pequeno para idade gestacional. Esta expressão implica que algum
tipo de perturbação crônica durante a gestação interrompeu os processos de
crescimento normal.
Tanto o aspecto clínico quanto a
duração da gestação no neonato prematuro devem ser avaliados em conjunto. No
potrinho, definiram prematuridade como a idade gestacional inferior a 320 dias.
Contudo, estes autores enfatizaram que a gestação normal da gestação de
determinada égua pode variar consideravelmente, e que a idade gestacional deve
ser apenas um dos diversos critérios empregados para a avaliação da viabilidade
do feto.
Dessa maneira, na prática, é muito útil anotar para cada égua prenhe a duração da gestação precedente. Isso porque elas têm a tendência de repetir essa duração. E, naturalmente, é indispensável anotar as datas de cobertura.
Dessa maneira, na prática, é muito útil anotar para cada égua prenhe a duração da gestação precedente. Isso porque elas têm a tendência de repetir essa duração. E, naturalmente, é indispensável anotar as datas de cobertura.
Ao contrário do que ocorre nas
mulheres, o parto das éguas não está ligado a fenômenos de maturação fetal.
Duas semanas antes do prazo normal, mulher, pode-se fazer a indução do parto,
na certeza de que o feto estará desenvolvido normalmente. Em éguas, a duração
da gestação pode ser muito variável. Não se pode afirmar, mesmo aos 11 meses de
gestação, que o potro será viável.
Dessa maneira, a prematuridade não pode
ser definida como um nascimento antes do tempo. O correto é dizer que o potro é
prematuro quando não atingiu seu completo desenvolvimento no útero da égua. Há
casos de potros prematuros nascidos aos 340 dias de gestação e outros normais
nascidos aos 330. Em síntese, não existem números definitivos para qualificar a
duração normal da gestação das éguas.
Por exemplo, um feto de 335 dias de
idade pode estar totalmente despreparado para o nascimento, se sua duração
normal da gestação for realmente de 365 dias. A indução do parto aos 335 dias
pode fácil e desastrosamente resultar num indivíduo muito imaturo, e inviável.
Sistemas acometidos:
Sistemas acometidos:
·
·
Respiratório: o surfactante, um fosfolipídio pulmonar que diminui a tensão da
superfície, começa a amadurecer no final da prenhes. Os potros prematuros podem
nascer sem surfactante, o que leva à insuficiência respiratória e morte, ou
eles podem ter surfactante imaturo, que se apresenta com hipoxemia.
·
· Musculoesquelético: os potros prematuros
frequentemente não possuem os ossos carpais e tarsais calcificados, que pode
levar a deformidade angulares dos membros e má formação óssea.
·
· Comportamental: os potros prematuros podem ser
mais lentos para ficar em estação e mamar do que potros normais e podem ter
pouca coordenação e resposta fraca de sucção.
·
· Endócrino/metabólico: os potros prematuros
induzidos possuem baixos níveis de cortisol sérico ao nascimento, estes também
demonstram hipoglicemia e baixa resposta da insulina à glicose IV.
·
· GI: o trato intestinal pode não estar pronto para
qualquer dieta oral.
·
· Hêmico/linfático: estes potros podem ter contagem
de leucócitos persistentes baixas, com relação N:L <2:1.
Durante uma anamnese as éguas podem demonstrar
sinais de parto precoce, com desenvolvimento do úbere. As éguas com placentite
podem ter febre e corrimento vulvar.
O potro prematuro é um animal com pouco peso ao
nascer e que tem dificuldade em se manter em pé. Um potro normal deve se
levantar e mamar em duas horas seguintes ao seu nascimento.
Este tem geralmente a pelagem suave e sedosa, suas
cartilagens são moles e as orelhas tendem a cair. Possuem frequência e esforço
respiratório aumentado, tendões superestendidos ou frouxos e deformidade
angulares dos membros.
Os principais fatores das causas de prematuridade
são naturalmente a égua, o potro e seus anexos fetais. Podendo ocorrer por
placentite, indução de parto mal sincronizado, gestação gemelar, infecção viral
por herpes, infecção por Ehrlichia
equi.
Na avaliação da viabilidade do potro, o prognóstico
para manutenção da vida depende em grande parte da causa do parto prematuro,
dos eventos do período perinatal do grau de imaturidade exibido pelo animal, e
do nível de apoio disponível para seu tratamento. Potrinhos que foram
espontaneamente paridos e diagnosticados durante as primeiras 24 horas de vida,
como tendo provável infecção quando no útero, possuem percentagem de sobrevida
consideravelmente melhor que todos os outros potrinhos prematuros.
Nas éguas com metrite, o estresse intrauterino
sofrido pelo embrião acelera sua maturação, principalmente pulmonar.
O tratamento do potro prematuro, normalmente requer
cuidados intensivos. É necessária a administração de colostro por via
oral dentro de duas horas do nascimento, oxigênio suplementar nos potros
hipóxicos através de sonda nasofaríngea ou cateter intratraqueal, tala e
atadura de gesso para permitir desenvolvimento normal das patas e repouso.
As complicações possíveis sofridas pelos potros são
as deformidades angulares dos membros associadas com a ossificação incompleta
dos ossos cubóides. Os potros nascidos por causa de placentite bacteriana estão
em alto risco da septicemia, isso também torna-se problema naqueles que ficam
em estação e ingerem colostro.
Decidir tratar um potro prematuro é sempre um
desafio. O prognóstico deste depende de fatores econômicos com cuidados
intensivos que custam caro e demandam grande disponibilidade de tempo.
Um animal tratado durante semanas pode morrer a
qualquer momento, quando parece que vai sobreviver. Se o potro prematuro
escapar de todas as complicações existentes, seu crescimento e desenvolvimento
deve ser acompanhado com muito cuidado, para uma correta avaliação de sua
qualidade de vida.
Fonte: OuroFino Autora: Tamarini Arlas
Fonte: OuroFino Autora: Tamarini Arlas
Matéria excelente!
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